"NÃO ERRE MAIS!" Lição do mestre Luiz Antonio Sacconi
Se o zagueiro "obstrói" a passagem do atacante, é falta.
O verbo obstruir se conjuga por atribuir, por isso não tem formas em ói, como construir e destruir.
A frase acima é de um ex-árbitro carioca que virou comentarista de futebol pela televisão. "Obstrói", sem dúvida, dói mais que uma pancada na canela...
país não comunista
Perfeito. Não há hífen entre as duas últimas palavras, como usam muitos. Por quê? Porque se trata de um adjetivo. Só os substantivos é que trazem o hífen. Repare na diferença: produto não perecível (adjetivo), o não-pagamento da dívida (substantivo); amor não correspondido (adjetivo), a não-variação de uma palavra (substantivo).
Há gigantes que adormecem e "que" não acordam.
Este que (pronome relativo) é maroto. Por que maroto? Porque não exerce nenhuma função na frase. Se o retirarmos, a frase ficará perfeita.
O que coordenado só é correto quando exerce a função de conjunção integrante, Assim, por exemplo: Eu disse que ela era francesa e que gostava de namorar. *** Ela afirmou que não gosta do rapaz e que não quer mais vê-lo. *** Você acha que é esperto e que sempre vai levar vantagem em tudo?
Mas não assim: Há coisas que a gente vê e "que" já não aceita. *** Existem rios que são poluídos e "que" por isso não têm peixes.
Retirado o "que" maroto e intruso, faz-se a luz.
Está relampeando ou está relampejando?
Tanto faz. Em Portugal, além de relampear e relampejar, ainda se usam as formas: lampadejar, relampaguear, relampadar e relampar.
Como se vê, em Portugal, relampa todos os dias, relampada que é uma barbaridade!
ídolo
É sempre nome masculino, ainda que se refira a mulher: Meu ídolo é essa atriz. Paula era o ídolo de boa parte dos aficionados ao basquete.
Há quem, por mera brincadeira, usa "ídola". Mas é só brincadeira.
gênio
É outro nome sempre masculino: Onde está aquele gênio de sua irmã, que deixou a televisão ligada a noite inteira? *** Essa cientista, um gênio, recebeu o Prêmio Nobel de Física. *** Susana era o gênio da classe.
Muito bem. Está claro que não existe "gênia", forma que só se admite mesmo em programas humorísticos de mau-gosto da televisão e em brincadeirinhas do recesso do lar. Fora daí, jamais.
Eis, porém, que surge uma apresentadora de televisão que, do alto do seu 1,85m, declara, até que meio aborrecida: Estão dizendo que faço dos meus erros de português um marketing. Que tipo de "gênia" sou eu, para falar errado e achar que é marketing?
De fato, de nenhum tipo...
indivíduo
É, igualmente, outro nome sempre masculino: Camila, esse indivíduo maravilhoso,fará parte do elenco da novela das 7h. *** Daniela é o tipo de indivíduo que só vai aparecer na Terra em cem anos.
Há quem, por brincadeira, também use "indivídua". É preciso, no entanto, nunca esquecer que brincadeira (de qualquer tipo) sempre tem hora.
traste
É também sempre nome masculino: Viridiana é um traste. *** Essa menina virou um traste.
Minha vizinha é mesmo "uma sujeitinha" à-toa.
Sujeitinho à-toa realmente existe, em todos os lugares; já "sujeitinha" não existe em lugar nenhum. Mulher, homem, criança, é sempre sujeito (nome sobrecomum), a exemplo de ídolo, gênio, indivíduo, traste, etc.
Por isso é que suas amigas são - todas elas - uns sujeitinhos falsos.
mais pequeno
É expressão corretíssima. Pode usar sem receio. O que não se deve é empregar "mais grande" (legítima no espanhol).
É expressão legítima também no português, mas somente quando comparamos qualidades de um mesmo ser. Assim, por exemplo: Sua filha é mais grande que pequena.
***Esse rapaz é mais grande que inteligente.
O verbo obstruir se conjuga por atribuir, por isso não tem formas em ói, como construir e destruir.
A frase acima é de um ex-árbitro carioca que virou comentarista de futebol pela televisão. "Obstrói", sem dúvida, dói mais que uma pancada na canela...
país não comunista
Perfeito. Não há hífen entre as duas últimas palavras, como usam muitos. Por quê? Porque se trata de um adjetivo. Só os substantivos é que trazem o hífen. Repare na diferença: produto não perecível (adjetivo), o não-pagamento da dívida (substantivo); amor não correspondido (adjetivo), a não-variação de uma palavra (substantivo).
Há gigantes que adormecem e "que" não acordam.
Este que (pronome relativo) é maroto. Por que maroto? Porque não exerce nenhuma função na frase. Se o retirarmos, a frase ficará perfeita.
O que coordenado só é correto quando exerce a função de conjunção integrante, Assim, por exemplo: Eu disse que ela era francesa e que gostava de namorar. *** Ela afirmou que não gosta do rapaz e que não quer mais vê-lo. *** Você acha que é esperto e que sempre vai levar vantagem em tudo?
Mas não assim: Há coisas que a gente vê e "que" já não aceita. *** Existem rios que são poluídos e "que" por isso não têm peixes.
Retirado o "que" maroto e intruso, faz-se a luz.
Está relampeando ou está relampejando?
Tanto faz. Em Portugal, além de relampear e relampejar, ainda se usam as formas: lampadejar, relampaguear, relampadar e relampar.
Como se vê, em Portugal, relampa todos os dias, relampada que é uma barbaridade!
ídolo
É sempre nome masculino, ainda que se refira a mulher: Meu ídolo é essa atriz. Paula era o ídolo de boa parte dos aficionados ao basquete.
Há quem, por mera brincadeira, usa "ídola". Mas é só brincadeira.
gênio
É outro nome sempre masculino: Onde está aquele gênio de sua irmã, que deixou a televisão ligada a noite inteira? *** Essa cientista, um gênio, recebeu o Prêmio Nobel de Física. *** Susana era o gênio da classe.
Muito bem. Está claro que não existe "gênia", forma que só se admite mesmo em programas humorísticos de mau-gosto da televisão e em brincadeirinhas do recesso do lar. Fora daí, jamais.
Eis, porém, que surge uma apresentadora de televisão que, do alto do seu 1,85m, declara, até que meio aborrecida: Estão dizendo que faço dos meus erros de português um marketing. Que tipo de "gênia" sou eu, para falar errado e achar que é marketing?
De fato, de nenhum tipo...
indivíduo
É, igualmente, outro nome sempre masculino: Camila, esse indivíduo maravilhoso,fará parte do elenco da novela das 7h. *** Daniela é o tipo de indivíduo que só vai aparecer na Terra em cem anos.
Há quem, por brincadeira, também use "indivídua". É preciso, no entanto, nunca esquecer que brincadeira (de qualquer tipo) sempre tem hora.
traste
É também sempre nome masculino: Viridiana é um traste. *** Essa menina virou um traste.
Minha vizinha é mesmo "uma sujeitinha" à-toa.
Sujeitinho à-toa realmente existe, em todos os lugares; já "sujeitinha" não existe em lugar nenhum. Mulher, homem, criança, é sempre sujeito (nome sobrecomum), a exemplo de ídolo, gênio, indivíduo, traste, etc.
Por isso é que suas amigas são - todas elas - uns sujeitinhos falsos.
mais pequeno
É expressão corretíssima. Pode usar sem receio. O que não se deve é empregar "mais grande" (legítima no espanhol).
É expressão legítima também no português, mas somente quando comparamos qualidades de um mesmo ser. Assim, por exemplo: Sua filha é mais grande que pequena.
***Esse rapaz é mais grande que inteligente.
Comentários
Cito duas referências de dicionários conhecidos:
a) http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=sujeita
b) http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=sujeita
Onde você aprendeu isso, pobremente desse jeito? Quando resolvemos falar de léxico, há o dicionário para nos ajudar.
O autor dessa matéria foi o Professor Luiz Antonio Sacconi (Imagino que conheça) de seu blog http://www.sacconi.com.br/blog/. como está bem escrito no título do post.
E porque postou anônimo? Tem medo de quê?
Obrigado por comentar no meu Blog.
Ademais, minha humildade não exige estar identificado quando me expresso... hahaha, e por isso, estar nomeado ou anônimo são iguais.
Sobre o Saconni tenho o texto a seguir:
http://www.leopacheco.com.br/blog/?p=352
Saudações