Vícios de Linguagem
Os Vícios de Linguagem devem ser evitados na fala e escrita formal. Em alguns casos entende-se que há a completa falta de noção da gramática, em outros, a própria dificuldade de expressão. Em todo caso, confira e veja quais são o principais vícios e, quem sabe, quais os que cometeu (foi mal).
Os principais vícios de linguagem são:
BARBARISMO:
Uso de uma palavra errada nos seus aspectos: gráfico, ortoépico, prosódico, semântico, morfológico ou mórfico.
- grafia: proesa em vez de proeza;
- pronúncia: incrustrar em vez de incustar;
- morfologia: cidadões em vez de cidadãos;
- semântica: Ele comprimentou o tio (em vez de cumprimentou).
AMBIGÜIDADE OU ANFIBOLOGIA:
Uso de palavras com duplo sentido na sua interpretação.
- A mãe encontrou o filho em seu quarto." (No quarto da mãe ou do filho?)
- "Como vai a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? a mãe ou a cadela criada pela mãe?)
- "Este líder dirigiu bem sua nação"("sua"? nação da 2ª ou 3° pessoa(o líder)??).
CACOFONIA:
Encontro ou repetição de fonemas ou sílabas que produzem efeito desagradável ao ouvido:
- "A boca dela é linda!"
- "Dê-me uma mão, por favor."
- "Ela se disputa para ele."
- "Vou-me já, pois estou atrasado."
- "Eu amo ela demais !!!"
- "Não tem nada de errado a cerca dela"
- "Deixe ir-me já que está pingando."
ECO:
Seqüência de sons vocálicos, idênticos, ou na proximidade de palavras que têm a mesma terminação. Também se chama assonância.
- "Falar em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e educação."
- "O aluno repetente mente alegremente"
ARCAÍSMO:
Palavras, expressões, construções ou maneira de dizer que deixaram de ser usadas ou passaram a ter emprego diverso.
Asinha (por depressa), assi (por assim) entonces (por então), vosmecê (por você), geolho (por joelho), arreio (o qual perdeu a significação antiga de enfeite), catar (perdeu a significação antiga de olhar), faria-te um favor (não se coloca mais o pronome pessoal átono depois de forma verbal do futuro do indicativo), etc.
VULGARISMO:
É o uso lingüístico popular:
- A queda dos erres finais: anda, comê, etc.
- estoura = estóra, roubar = robar.
- advogado = adevogado, rítmo = rítimo, psicologia = pissicologia.
- vi ela, olha eu, ó gente, etc.
ESTRANGEIRISMO:
Todo e qualquer emprego de palavras, expressões e construções estrangeiras em nosso idioma recebe denominação de estrangeirismo.
O estrangeirismo pode ser morfológico ou sintático.
Estrangeirismos morfológicos:
- Francesismo: abajur, chefe, carnê, matinê etc...
- Italianismos: ravioli, pizza, cicerone, minestra, madona etc...
- Espanholismos: camarilha, guitarra, quadrilha etc...
- Anglicanismos: futebol, telex, bofe, ringue, sanduíche breque.
- Germanismos: chope, cerveja, gás, touca etc...
- Eslavismos: gravata, estepe etc...
- Arabismos: alface, tarimba, açougue, bazar etc...
- Hebraísmos: amém, sábado etc...
- Grecismos: batismo, farmácia, o limpo, bispo etc...
- Latinismos: index, bis, memorandum, quo vadis etc...
- Tupinismos: mirim, pipoca, peteca, caipira etc...
- Americanismos: canoa, chocolate, mate, mandioca etc...
- Orientalismos: chá, xícara, pagode, kamikaze etc...
- Africanismos: macumba, fuxicar, cochilar, samba etc...
Estrangeirismos Sintáticos:
- Saltar aos olhos (francesismo);
- Pedro é mais velho de mim. (italianismo);
- O jogo resultou admirável. (espanholismo);
- Porcentagem (anglicanismo), guerra fria (anglicanismo) etc...
SOLECISMOS:
Erros contra as normas de concordância, de regência ou de colocação.
regência:
- Ontem assistimos o filme (por: Ontem assistimos ao filme).
- Cheguei no Brasil em 1923 (por: Cheguei ao Brasil em 1923).
- Pedro visava o posto de chefe (correto: Pedro visava ao posto de chefe).
concordância:
- Haviam muitas pessoas na festa (correto: Havia muitas pessoas na festa
- O pessoal já saíram? (correto: O pessoal já saiu?).
colocação:
- Foi João quem avisou-me (correto: Foi João quem me avisou).
- Me empresta o lápis (Correto: Empresta-me o lápis).
OBSCURIDADE:
Frase obscura, embaraçada, ininteligível. .
- Foi evitada uma efusão de sangue inútil (Em vez de efusão inútil de sangue).
NEOLOGISMO:
Palavra, expressão ou construção recentemente criadas ou introduzidas na língua.
- Científicos ou técnicos: aeromoça, penicilina, telespectador, taxímetro (redução: táxi), fonemática, televisão, comunista, etc...
- Literários ou artísticos: olhicerúleo, sesquiorelhal, paredro (= pessoa importante, prócer), vesperal, festival, recital, concretismo, modernismo etc...
OBS.: Os neologismos populares são constituídos pelos termos de gíria. "Manjar" (entender, saber do assunto), "a pampa", legal (excelente), Zico, biruta, transa, psicodélico etc...
PRECIOSISMO:
Expressão rebuscada. É o que o povo chama de "falar difícil", "estar gastando".
Ex.: "O fulvo e voluptoso Rajá celeste derramará além os fugitivos esplendores da sua magnificência astral e rendilhara d’alto e de leve as nuvens da delicadeza, arquitetural, decorativa, dos estilos manuelinos."
PLEONASMO:
Emprego inconsciente ou voluntário de palavras ou expressões involuntárias, desnecessárias, por já estar sua significação contida em outras da mesma frase.
O pleonasmo, como vício de linguagem, contém uma repetição inútil e desnecessária dos elementos.
- Voltou a estudar novamente.
- "Ele vai ser o protagonista principal da peça".
- "Meninos, entrem já para dentro!"
- "Estou subindo para cima."
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/
http://www.mundoeducacao.com.br/
http://pt.wikipedia.org/
http://www.mundoeducacao.com.br/
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